Apostila Jornalismo on-line de Comunicação Básica:
Módulo I
Apresentação, dialogo e
troca de experiencias com associados e novos associados: A Associação de
Comunicadores e profissionais da imprensa do Nordeste (ADCPIN), é uma
associação sem fins lucrativos, entidade representativa da Imprensa do Nordeste
com atuação nacional.
Introdução
Olá,
Este curso tem o
objetivo de apresentar as características de um segmento da prática
jornalística que tem crescido com o passar dos anos. No ano de 1995, um marco
da era digital teve início no Brasil: a Internet deixou de ter seu uso
exclusivamente acadêmico e passou a ser utilizada comercialmente, estendendo
seu acesso para grande parte da sociedade.
Com o passar dos
tempos, empresas de comunicação tradicionais passaram a reservar seus espaços
no ambiente virtual oferecendo conteúdos aos internautas diariamente e
instantaneamente conquistando assim, um novo público. A partir daí, tem início
a prática do chamado jornalismo online que veremos suas características e
especificidades ao longo deste curso.
É importante
destacar que com o acesso facilitado às tecnologias, os meios de comunicação se
depararam com um novo problema: a qualificação dos recursos humanos, ou seja,
os profissionais muitas vezes não estão aptos a desenvolverem suas funções.
Diante disso,
veremos conceitos básicos para esta qualificação, além de ter o conhecimento de
como criar e elaborar pautas para a Internet, da explosão dos blogs e das redes
sociais, dos conceitos de hipertexto, hipermídia, hiperlinks e falaremos também
sobre os tipos de ferramentas úteis para esta nova tecnologia.
Na última
unidade deste curso serão explicados detalhadamente os tipos de conteúdos que
fazem parte de uma publicação jornalística online, além de serem apresentados
dois aspectos da era multimídia que ainda são pouco conhecidos pelas pessoas de
um modo geral: o newsgame e a TV digital.
Bom curso!
Unidade 1 - O Jornalismo Online
Seja
bem-vindo(a)!
Para iniciar
esta unidade começaremos com a definição de Internet, proposta pelos autores
Cícero Junior e Wanderson Stael Paris:
“... estágio
de desenvolvimento social caracterizado pela capacidade de seus membros
(cidadãos, empresas e administração pública) de obter e compartilhar qualquer
informação instantaneamente de qualquer lugar e maneira mais adequada.”
Como já dissemos
na introdução, o início da implantação da Internet no Brasil nos padrões que
conhecemos hoje começou no ano de 1995. Desde então, muitas mudanças e
evoluções aconteceram tanto na rede, quanto na forma de escrever para ela.
Segundo relatos
bibliográficos as primeiras experiências de jornalismo digital ocorreram nos
Estados Unidos, na década de 1980, com a produção de videotextos feitos por
empresas como Time, Times-Mirror e a Knight-Ridder.
Já o primeiro
site de notícias na rede foi criado no ano de 1992, nos Estados Unidos, que
levava o nome de Chicago Tribune. Em relação à produção específica de notícias
o pioneiro foi o Personal Journal, lançado em março de 1995, pelo norteamericano
The Wall Street journal.
:
Fonte:
http://publishing2.com/images/chicago-tribune-on-the-web-homepage.jpg
Em relação ao
Brasil, o jornalismo na Internet teve seu marco no ano de 1995, com o
lançamento do site do Jornal do Brasil (JB). Em seguida, o jornal O Globo e a
agência de notícias Agência Estado, também lançaram a versão eletrônica de suas
publicações.
Para finalizar
esta apresentação da unidade definiremos o termo Jornalismo Online também
conhecido como ciberjornalismo, que é o jornalismo praticado no novo meio
comunicacional da Internet.
Bom
estudo!
1.1 - Do impresso à era digital
Antes de
iniciarmos este tópico é preciso reforçar qual o papel do jornal, seja ele
impresso ou online. Sua função é informar as pessoas, porém, pode ter a
finalidade de distrair e entreter. Os jornalistas devem estar mergulhados na
realidade e na atualidade, visando estar em sintonia com o público e o ambiente
cultural de sua época.
Partindo da
função principal da informação, ela possui como base central a produção de
notícias em formas de matérias, reportagens e de notas. É importante que o
veículo e seu profissional tenham em mente seu papel principal: divulgar fatos
atuais e de interesse público e com isso, manter os leitores informados.
Além das
matérias, os jornais também veiculam análises e opiniões que devem ser
apresentadas com uma formatação diferenciada (online) e em páginas específicas (impresso).
O profissional do jornalismo precisa saber que um texto noticioso não deve
apresentar manifestações de opinião de quem o escreveu.
Há alguns anos o
texto, que era colocado na rede mundial de computadores a Internet, era apenas
uma transcrição daquele produzido para a mídia impressa.
Hoje, os textos
e conteúdos que são disponibilizados na rede são produzidos e trabalhados
exclusivamente para este meio de comunicação, com características e formatos
especiais que veremos adiante.
É preciso
ressaltar que desde sites e portais até chegarmos aos blogs e redes sociais, a
atividade jornalística sempre teve lugar de destaque na internet. E esta
atividade tem crescido exponencialmente com o passar dos anos. Uma pesquisa
realizada pelo IBOPE em junho de 2002, revelou que a audiência dos noticiários
que eram veiculados na Internet teve no período de um ano, um aumento
equivalente a 130%.
A comunicação
online veio para revolucionar as formas de emitir e receber informações. Ela modificou
ainda, a forma de comunicação entre as pessoas. Destacamos que a existência do
jornalismo na internet é baseada em um tripé relevante:
tecnologia,
o profissional e os impactos sociais.
Antigamente os
meios de comunicação restringiam-se ao impresso, rádio e posteriormente à
televisão. Hoje a internet abrange todos estes meios em um só e oferece ainda,
a característica da interatividade e da instantaneidade.
A digitalização
desencadeou um processo de convergência de meios, linguagens e funções com
impacto na atividade dos profissionais da informação que passaram a desenvolver
características como multitarefas e multiplataformas.
É importante que
estes profissionais não se contentem apenas em saber como funciona, mas sim
para que serve e qual a necessidade da utilização das mídias eletrônicas.
Podemos dizer
que desde a invenção da internet houve o aparecimento e o aperfeiçoamento de
diversas maneiras de propagação da informação. Veja a ordem de aparecimento
destes canais de comunicação:
–
Surgiram inicialmente, as
antigas salas de bate-papo do sistema de boletim eletrônico BBS (Bulletin Board
Systems);
Fonte:
http://www.techtudo.com.br/platb/files/2175/2011/07/Monochrome-bbs.png
–
Depois houve o surgimento dos
programas utilizados para entrar em salas de bate-papo IRCs (Internet Relay
Chat) e vieram as salas virtuais de bate-papo (chats);
Fonte:
http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/07/mirc.gif
–
Em seguida, surgiu o primeiro
aplicativo que reunia atividades como: bate-papo, trocas de arquivos e
mensagens instantâneas (ICQ);
Fonte:
http://lh3.ggpht.com/Albarquel/SDxCOjZ4k6I/AAAAAAAAAWc/mt-NFPNhcNo/s1600h/icq6%5B8%5D.jpg
–
Logo depois, a Microsoft lançou
o aplicativo utilizado para bate-papo, trocas de arquivos, mensagens
instantâneas e exibição de webcam: o MSN (Messenger).
Fonte:
http://www.baboo.com.br/absolutenm/articlefiles/5330- msn604.JPG
Após esta
evolução dos programas e aplicativos de conversação e transmissão de
informações no ambiente virtual, o primeiro jornal on-line foi colocado na rede
e era a cópia fiel do impresso The New York Times. Com o passar dos tempos, as
notícias online passaram a criar formas específicas e começaram a ter certa
padronização.
Podemos dizer
que a comunicação impressa é a precursora do jornalismo. O jornal impresso
sobreviveu à criação do rádio e da TV. Porém, com o surgimento do jornalismo
online houve o aparecimento de algumas vantagens em relação à impressão, entre elas:
a rapidez, a convergência dos fatos e as facilidades de acesso. Diante da
popularização alcançada pela internet, os veículos jornalísticos passaram a
migrar para o universo da web.
Além de notarem
a influência e abrangência da internet, grandes grupos editoriais brasileiros
perceberam sua representatividade como um mercado em expansão, o que poderia
ser bastante lucrativo.
Entre as
diversas atividades e funções do jornalismo online, podemos citar:
–
A comunicação entre o
jornalista, o leitor e a fonte torna-se rápida e ágil;
–
Há maior facilidade na busca de
ideias que posteriormente transformam-se em notícias;
–
O repórter tem mais ajuda para
encontrar as fontes autorizadas;
–
O jornalista tem mais
facilidade em apurar e descobrir o contexto dos fatos e possíveis novos
acontecimentos;
–
Há possibilidade de um
monitoramento das discussões dos variados assuntos em áreas específicas;
–
Maior facilidade no acesso aos
arquivos em todo o mundo e na busca de documentos;
–
Há chances de se consultar
várias bases de dados e bibliotecas.
O século XXI é
caracterizado pela reformulação de como se contam as histórias e da forma que o
leitor e/ou expectador recebe estas informações.
Duas
características principais da internet merecem destaque, sendo uma delas a
junção de texto com som e vídeo, em uma única mídia dentro de um espaço comum e
a outra seria a comunicação entre jornalismo e sistemas de informação,
referente às bases de dados.
É importante
ressaltar que alguns veículos, apenas transferem suas edições impressas para o
jornalismo eletrônico sem alterar o conteúdo.
Para
caracterizar a prática do jornalismo online, além de adaptar o texto para o
webjornalismo é importante criar novas ferramentas como hiperlinks,
infográficos, dentre outras, que caracterizam o padrão de produção de textos
para a internet.
A prática do
jornalismo online tem a finalidade de informar e atrair o internauta de onde
estiver e na hora que quiser, sendo que o conteúdo ficará disponível na rede 24
horas por dia.
Dentre as
nomenclaturas que fazem referência ao jornalismo online podemos citar: o
webjornalismo, o ciberjornalismo, o jornalismo eletrônico e o jornalismo
digital, todos esses caracterizam a prática do jornalismo através de meios
digitais.
Com o advento da
internet e com a migração de muitos leitores do jornalismo tradicional para o
online, comentou-se sobre a possibilidade do fim do jornalismo impresso.
Para esclarecer
você aluno sobre este tema, destacamos uma reportagem publicada do portal da
revista Carta Capital. Optamos por colocá-la na íntegra, pois como é um tema
que não tem fundamentação ou dados que possam confirmá-lo, ele se baseia na
opinião de profissionais e estudiosos.
Antes de colocar
o artigo, iremos deixar aqui uma questão reflexiva que pode auxiliar na busca
por uma resposta: a televisão surgiu e não houve o desaparecimento do rádio, o
teatro não foi esquecido com o surgimento do cinema, e por que o jornal
impresso deixaria de existir com a chegada da internet e do jornalismo online?
O jornalismo impresso vai acabar?
Clara Roman
Não há consenso entre os profissionais de imprensa, do marketing
digital e da propaganda: qual será o
modelo vencedor no futuro, capaz de gerar renda na internet e substituir os
negócios hoje ainda centrados no papel e na televisão? No segundo dia do evento
New Brand Communication (NBC) a grande pergunta era se a internet conseguirá
democratizar a comunicação no País, hoje concentradas em algumas poucas
corporações familiares.
A questão pesa tanto na publicidade quanto no jornalismo. “A gente
tem um vício que é a Casa Grande – Senzala,” diz Rene de Paula, que participou
da mesa “Inovação em Comunicação de Marcas”. Segundo o publicitário, os
profissionais
da área acabam imersos em um universo particular onde “todos possuem Iphone,
enquanto a maioria do Brasil está comprando um notebook ou PC em 12
prestações”. É esse público que o marketing online deve atingir. “O grande
desafio é entender que as coisas não acontecem somente na Vila Olímpia. A
inovação deve ser social e política”, diz. Para exemplificar,
De Paula cita o Orkut, site de relacionamentos tido como ultrapassado pelas
Classes AB, mas ainda um dos mais acessados no País. Segundo ele, é o que dá
mais retorno. A inovação diz De Paula, não consiste em criar aplicativos, mas
em entender os mecanismos de acesso à Web no Brasil. “Achava que a internet
iria ser a coisa mais inclusiva, mas acho que estamos aumentando o abismo.” O conteúdo continua
sendo elencado como o fator mais importante para um negócio de sucesso. Gane
Carta, editor do website de Carta
Capital, falou da sua experiência à frente da página eletrônica da
revista. “A Carta Capital tem uma
marca que é uma linha editorial progressista: pró-mercado, mas contrária a
uma globalização desenfreada. O website tem de refletir mais essa marca, esse
brand”, diz Carta. Divergência No painel “O Futuro da
Mídia”, o debate girou em torno de uma divergência entre Luiz Carlos
Azenha, Marcelo Coutinho e Enor
Paiano. Paiano é diretor de publicidade do UOL e Coutinho é diretor de
Inteligência de Mercado do portal Terra, os dois grandes do jornalismo e
entretenimento online. Já Azenha é dono do blog “Vi o mundo”, em que escreve
sobre política. “A ecologia da mídia é a mesma de 50 anos
atrás. O peixe grande come o peixe pequeno”, afirmou Azenha, iniciando a
polêmica que se estenderia por quase toda a mesa. Isso porque, Coutinho e
Paiano defendiam a ideia de que com a democratização dos instrumentos de
mídia proporcionada com a internet, mais pessoas passariam a ser produtoras
quebrando o monopólio dos grandes |
meios
de comunicação. Como exemplo, Paiano citou o UOL, que possui 300 sites
agregados de pequenos empresários da mídia. Esses sites são geralmente administrados
por uma pessoa que faz a página e terceiriza serviços. “Alguns são
remunerados, outros não”, observa Paiano. Para contrapor a
teoria, Azenha citou o próprio caso: o blogueiro afirma que não recebe quase
nada para tocar o site e ainda tem gastos fenomenais em processos pelo que
escreve. Para justificar, Coutinho afirmou que o problema é o tema: o
jornalismo político sempre deu prestígio, nunca deu receita. O que vende são
Esportes e Celebridade. “É claro que um blog politizado enfrenta mais pressões,
como o Movimento”, argumenta
Coutinho. O jornal Movimento foi uma publicação fundada
em 1975, que sofreu forte repressão durante a Ditadura Militar. A grande questão, no
entanto, é como sustentar o modelo digital e se de fato o papel entrará em
decadência. “Talvez o online não signifique o fim do papel, mas como essas
coisas podem coexistir”, colocou a moderadora e repórter especial de Carta Capital, Cynara Menezes. Mas a
mesa discordou. Coutinho foi incisivo ao afirmar que o papel vai sim acabar
em pouco tempo, mesmo com a venda de jornais aumentando e os anúncios se
concentrarem em grande parte nas publicações dos grandes veículos. Mas, diz
ele, a cada reajuste os anúncios ficam mais baratos sufocando as empresas. Paiano acredita no fim
do modelo de produção que hoje assistimos: o grupo de pessoas que filtra a
informação para todas as outras será posto em xeque. A televisão segundo ele,
terá ainda uma sobrevida uma vez que o mercado publicitário está em torno do
orçamento da Rede Globo. O americano Saman Rahmanian,
também foi categórico ao apostar no fim da mídia impressa. Os Estados Unidos
estão anos na frente nesse processo e já assistiram a naufrágios de diversos
veículos de comunicação. Para Rahmanian, o papel se extinguirá e a notícia
será dada em outro formato. “Uma |
redefinição
do trabalho será necessária se quisermos nos manter no mercado”, oferece
Rahmanian. “Todo mundo tem as ferramentas, mas nem todo mundo tem coisas
interessantes para dizer.” Fundamental, conclui ele, é oferecer
conteúdo. Fonte:
http://www.cartacapital.com.br/tecnologia/o-jornalismo-vai-acabar/ |
1.2 - Pirâmide invertida
Não há como
falar em jornalismo impresso e jornalismo online sem citar a chamada “pirâmide
invertida”, que é uma técnica de estruturação de texto jornalístico. A chegada
da internet fez com que a prática da escrita através da pirâmide invertida
fosse modernizada e atualizada.
Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSXNhjH4VzknV4-9RTKydBH-MjpPPDw9oGFWXMDuMNDxR2WRL7d83VIWzBF-83ViQB_R-4L1NLJesWC2kWGyWwzH5v2qkzUnV9-Mnj9Z_OpHkU6LbdqWITZcdLr1GGwxox2y7LUr8H7hY/s1600/
Luciane+-+Pir%C3%A2mide.jpg
Ao falarmos em
“pirâmide invertida” devemos lembrar que esta é a técnica mais comum de
construção das notícias.
Nela há
elaboração de um lead direto, ou seja, a primeira parte de uma notícia que deve
responder às perguntas: “o quê?", "quem?", "quando?",
"onde?", "como?", e "por quê?”.
Quando falamos
em pirâmide invertida é importante destacar que o texto é disposto em uma ordem
decrescente de importância, ou seja, os fatos mais relevantes aparecem no
início do texto abrindo a redação jornalística, já os que possuem menor
relevância aparecem em seguida.
Já na elaboração
e estruturação de notícias online o recomendado, é utilizar uma estrutura de
blocos que permita ao leitor construir sua própria leitura da notícia.
Em
relação às vantagens da publicação em blocos podemos destacar:
–
Cada parágrafo pode ser lido de
forma individual sem estar diretamente subordinado ao anterior, os blocos são
independentes;
–
A aplicação desta estruturação
é focada nos leitores da web que normalmente não têm muito tempo. Desta forma,
caso os leitores não possam realizar a leitura da matéria até o final, eles
conseguem entender o que está sendo dito do mesmo jeito;
–
A forma de narração do fato
acontece com naturalidade aproximando-se da maneira como contamos uma história.
–
A facilidade de leitura e
memorização tende a ser maior.
–
É uma técnica que consegue se
adaptar facilmente às necessidades das edições e de paginação dos sites.
–
Permite ao jornalista narrar um
fato brevemente economizando tempo. Em 15 ou 20 minutos, um profissional redige
uma notícia que aconteceu em poucos instantes.
Influências mútuas entre o
jornalismo online e as mídias tradicionais
Algumas mídias
eletrônicas como rádio e televisão exercem influência direta sobre o jornalismo
online.
A concisão, o
estilo direto e a informalidade são características do texto de rádio que mais
se adaptam ao jornalismo online. Em contrapartida, o jornalismo online também
exerce influência sobre a mídia tradicional.
Jornais e revistas
têm utilizado muito a técnica da diagramação “lincada", ou seja, se
utiliza a ligação visual entre palavras do texto e elementos gráficos como
fotos e textos explicativos. Esta prática se assemelha às ligações feitas
através do hipertexto.
Além das influências
citadas acima, esta nova prática jornalística também fez com que as outras
mídias ampliassem a base de pesquisas e de fontes de notícias. Veículos como
rádios e pequenos jornais regionais passaram a coletar muita informação na
internet, sustentados por fontes de pesquisas.
São exemplos de
fontes de pesquisas: sites de busca; programas que pesquisam em diversos locais
de busca ao mesmo tempo e filtram os resultados; listas de discussões e fóruns;
listas de perguntas feitas sobre um determinado assunto e que em geral tem
credibilidade por serem construídas coletivamente; e ainda sites pessoais de
empresas, entidades e órgãos governamentais.
Em
relação às diferenças entre webjornalismo e jornalismo impresso:
–
No jornalismo impresso o
profissional tem 24 horas para elaborar e concluir suas edições e também há
limites de espaço no papel;
–
O horário para fechar um jornal
(deadline) não é regra estabelecida para o jornalismo online, pois neste tipo
de publicação em média a cada cinco minutos pode-se alimentar a página com
novas informações da notícia;
De acordo com o
autor João Canavilhas, há quatro fatores diferentes dentro da estrutura do
jornalismo tradicional e do jornalismo digital:
–
Distribuição (o acesso);
–
Personalização (o papel ativo
do utilizador);
–
Periodicidade (fim da lógica de
“uma edição, um produto”);
–
Informação útil (prática e
objetiva).
Ressaltamos que
no cenário atual, muitas pessoas não querem pagar todos os dias, mesmo sendo o
valor baixo, um produto que elas podem não usar integralmente e que elas têm
que descartar diariamente, sabendo que podem ter acesso a ele gratuitamente e
no momento que desejarem.
LEITURA COMPLEMENTAR
Data de publicação:
03/12/2010
Sites
de notícias atingiram dois terços dos internautas em outubro
Também cresceram os sites
de automóveis e de viagens
Em outubro de 2010, a categoria que mais cresceu percentualmente em
número de usuários únicos segundo o IBOPE Nielsen Online, foi a automotiva com
evolução de 9,8% em relação ao mês anterior. Foi seguida por viagens e turismo,
com aumento mensal de 7,5% e por governo e entidades sem fins lucrativos com
6,5%.
Por causa da procura por informações sobre a eleição, também
cresceram em outubro os sites de notícias. A subcategoria eventos correntes e
ativos em outubro de 2010, o que representou crescimento de 2,8%
sobre o mês anterior e de 13,2% em relação aos 36,8 milhões de outubro de 2009.
Considerando o uso da internet em todos ambientes (trabalho, residências,
escolas, lan houses, bibliotecas,
telecentros), o número de pessoas com acesso foi de 67,5 milhões no quarto
trimestre de 2009.
Fonte:
http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect?temp=6&proj=PortalIBOPE&pub=T&
db=caldb&comp=pesquisa_leitura&nivel=null&docid=43C38F7F9263E1C1832577EE00514A18
1.3 - O jornalismo na era
digital
Com a
implantação de jornais e revistas na internet, foi inaugurado um novo veículo
de comunicação, que reúne características de todas as outras mídias e tem como
suporte as redes mundiais de computadores: o jornalismo digital.
Na era do
jornalismo digital há uma revolução tanto no modelo de produção, quanto no de
distribuição das notícias. Nesta nova era o tradicional papel cede lugar para
os impulsos eletrônicos (bits) capazes de alcançar grandes velocidades na hora
de transmitir a informação.
Os recursos
multimídia atualizam os bits instantaneamente na tela do computador através de
textos, gráficos, imagens, animações, áudio e vídeo.
Para prosperar e
manter-se na era digital é preciso que o profissional aprenda e se adapte as
novas formas de produzir do jornalismo, ou seja, é preciso conhecer e estar
familiarizado recentes técnicas do jornalismo online.
“A digitalização
da informação faz desaparecer o meio físico, instaurando uma nova forma de
fazer jornalismo, a qual pressupõe atualização instantânea dos bits na forma de
textos, gráficos, imagens, animações, áudio, vídeo – os recursos da multimídia.
Com a digitalização, o jornalismo se renova dando sequência ao movimento de
evolução dos meios de comunicação, movimento esse diretamente associado ao
desenvolvimento e à dinâmica das cidades.” (BARBOSA,
2002, p.11).
Algumas
características do profissional do jornalismo na era digital:
–
É prático e não conceitual;
–
Tem de ser rápido porque não há
tempo a perder;
–
Precisa ter atenção;
–
Ser inteligente e habilidoso
para recolher as informações e transformá-las em texto;
–
É necessário o domínio da
língua portuguesa;
–
Precisa buscar a imparcialidade
e isentar-se da matéria;
–
Não pode misturar fatos com
opinião;
–
Sigilo sobre as fontes sempre;
–
Saber aceitar críticas e
refletir sobre elas;
–
Saber separar a relação entre
entrevistados/entrevistador e ter profissionalismo;
–
Buscar a originalidade e inovação.
Alguns
princípios da nova era da Internet:
–
Antigamente os sites eram
apenas depósitos isolados de informação em que a comunicação e seus canais
possuíam uma só via. Hoje esta realidade mudou;
–
Os web sites são fontes de conteúdo
e funcionalidade;
–
A comunicação tornou-se mais
intensa, pois com a era da internet o envio de áudio e fotos, a manutenção de
um blog e a liberdade de publicar comentários é algo de fácil entendimento e
realização;
–
A nova era da internet e a versão
da web 2.0 focam as áreas de criação e distribuição de conteúdos na web. Desta
forma há uma comunicação aberta, o controle é descentralizado e há liberdade
para compartilhar conteúdos;
–
Podemos dizer que com modelo da
web 2.0, muitas pessoas podem comentar e colaborar com o conteúdo publicado.
Características e
especificidades do texto para web
Há diversas
maneiras de se usar textos e outros conteúdos na mídia eletrônica que são:
–
Transposição pura, ou seja, o
texto produzido para a mídia de papel é transcrito sem nenhuma modificação para
a rede. Em relação à vantagem destacamos uma maior disponibilidade se comparado
ao impresso sendo que a distribuição é instantânea, rápida e há baixo custo na
publicação. Além disso, há facilidade de visualização e impressão;
–
Quando falamos nos problemas e
transtornos desta transposição, precisamos destacar que ela não aproveita bem
os recursos que a era multimídia oferece. E ainda, existe a questão de que
muitas pessoas acham desconfortável a leitura de textos extensos na tela do
computador;
–
Transposição com uso de hyperlinks, ou seja, além do texto
tradicional feito para o veículo impresso há utilização do formato hipertexto,
com uso de links para notas de rodapé (complementação de algum dado relacionado
à matéria principal como endereço ou telefone do local citado) e para outros
textos. A vantagem deste tipo de publicação é que os links tornam a leitura
mais rápida, pois facilitam a consulta a outras fontes e as notas;
–
A adaptação ao hipertexto no
qual o texto impresso é reescrito e produzido especialmente para ser lido no
ambiente web. Neste caso as informações estão dispostas em blocos com uma média
de 100 palavras, com uso extensivo de hyperlinks e entretítulos ou subtítulos.
–
A vantagem desta prática é que
a adaptação aproveita melhor a mídia, porém a produção acaba saindo mais cara,
pois a reedição do material textual para mídia de papel é mais demorada.
–
A narrativa é desenvolvida
através da hipermídia, ou seja, os textos e as imagens são pensados e editados
para serem distribuídos em hipermídia.
–
Destacamos o grande
aproveitamento dos recursos tecnológicos. Porém, o custo é muito alto e há
pouco suporte para uso em mídia de papel.
É importante
destacar que todo documento encontrado na internet independente de sua
natureza, precisa atender a quatro princípios básicos. São eles:
1° – Princípio
verificativo ou comprobatório;
2° – Princípio
explicativo;
3° – Princípio editorial;
4° – Princípio de
permanência.
O ato de
procurar uma informação na internet não é feito da mesma maneira como costuma
ser feito em arquivos de empresas ou de bibliotecas. Nestas, os arquivos
apresentam sistemas de organização e filtragem que são capazes de tornar a
informação pesquisada mais confiável.
Porém, na
internet qualquer pessoa disponibiliza informações organizadas segundo
critérios pessoais, o que torna mais difícil a identificação. Uma vantagem da
internet é que os conteúdos dos meios de comunicação passaram a ser
disponibilizados simultaneamente em todo o mundo.
1.4 - Siglas e nomenclaturas
específicas do ambiente digital
A grande
quantidade de siglas que são usadas na internet muitas vezes forma uma barreira
na compreensão das pessoas que não dominam o assunto.
É importante
romper estas barreiras e definir os conceitos básicos da tecnologia que são
úteis no dia a dia dos profissionais que utilizam este meio para se
comunicarem.
Veja abaixo
algumas destas siglas e seus significados definidas pelo site alunosonline.com.br e pelo portal
Wikipédia:
–
Adobe Acrobat Reader: exibe arquivos em
PDF (extensão do arquivo);
–
Back up: faz cópia de segurança de dados
em um dispositivo de armazenamento;
–
Bits: é a menor unidade de informação
que pode ser armazenada ou
transmitida;
–
Byte: unidade de medida da informação
digital. Contém oito bits
consecutivos;
–
Endereço IP (Internet Protocol):
protocolo da internet. É a identidade numérica de um servidor da web;
–
Feed: formato de dados usado em formas
de comunicação com conteúdo atualizado frequentemente como sites de notícias ou
blogs;
–
FTP: protocolo de transferência de
arquivo;
–
Homepage: página de abertura de um site
pela qual se chega às demais;
–
HTML: linguagem padrão de criação das
páginas da web;
–
HTTP: hypertext transfer protocol
(protocolo de transferência de hipertexto) é um protocolo de comunicação entre
sistemas de informação que permite a transferência de dados entre redes de
computadores, principalmente na World
Wide Web (internet);
–
Internet: se refere à rede de computadores
conectados que trocam informações;
–
K, M, G, T, KB, MB e GB: Respectivamente
kilo, mega, giga, tera, kilobyte, megabyte, e gigabyte;
–
Link: conexão entre páginas, palavra,
fotos ou gráficos em diferentes áreas da internet.
–
Memória cachê: armazenamento temporário
de todos os arquivos baixados no computador durante a navegação na web;
–
MI (mensagem instantânea): é informal,
rápida e eficiente;
–
Navegador da Web: ferramenta usada para
acessar as informações da internet que são publicadas. Exemplos: Internet
Explorer e Firefox;
–
RSS (Really Simple Syndication): permite
fazer uma assinatura para ter acesso a um feed de informação que é transmitido
diretamente ao leitor RSS ou navegador web;
–
Tag: estruturas de linguagem de marcação
que consistem em breves instruções, tendo uma marca de início e outra de fim.
–
URL (Uniform Resource Locator): endereço
da web, como os servidores leem;
–
Web 2.0: páginas da web cuja importância
se deve principalmente a
participação
dos usuários;
–
World Wide Web (www): se refere a um
modo de acesso à informação através da Internet usando o http e os navegadores
da web.
Unidade 2 –
Ferramentas de Trabalho no Jornalismo Online
Olá,
Com as técnicas
e o surgimento de novas ferramentas digitais, os profissionais começaram a ter
acesso às informações ainda desconhecidas que não foram divulgadas e muitas
outras que estão disponíveis na rede.
O trabalho em
jornalismo seja ele impresso ou digital apresenta algumas particularidades.
Veja abaixo, um
guia com os 10 mandamentos para o jornalista que está começando no ramo da
comunicação ou que deseja trabalhar com este segmento:
Dez mandamentos do futuro jornalista 1-
O domínio da língua
portuguesa é requisito básico na profissão. Habitue-se a ler diariamente
jornais, revistas e livros e a manter-se atualizado com os demais meios de
comunicação. 2-
Prepare-se para passar alguns
sábados e domingos dentro de uma redação ou na rua apurando uma matéria. A
notícia não cumpre agenda e precisa ser divulgada todos os dias sem descanso.
3
- Saiba que o trabalho em
equipe é importante na profissão. Ouça o que as pessoas têm a dizer, aprenda
com os mais velhos e respeite os mais jovens. O jornalismo é uma carreira
dinâmica e nada melhor do que construir uma sólida rede de contatos. 4
- Nem o melhor dos
jornalistas sabe tudo sobre todos os assuntos. |
|
Seja humilde e em caso de
dúvidas não tenha vergonha de perguntar. 5
- Domine as ferramentas
básicas de informática e aprenda um ou mais idiomas em especial o
inglês. 6
- Descubra "quem é
quem" na área e mais do que isso, saiba construir sua rede de
relacionamento, sua network,
importante em qualquer carreira, principalmente na área de comunicação. 7- Seja curioso, busque novos conhecimentos
e amplie seus horizontes. Um bom jornalista tem na
bagagem um vasto repertório de informações. 8
- Seja ético e honesto em seu
trabalho, pois só assim conseguirá o respeito e a credibilidade
que o distinguirão na carreira. 9
- Procure especializar-se
numa área pela qual você tenha interesse genuíno. 10
- Valorize a vida acadêmica,
desenvolva senso crítico para ingressar e permanecer no mercado de
trabalho. Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/publifolha/ult10037u320943.shtml
|
|
Nesta unidade
você verá as técnicas e ferramentas necessárias para a execução do trabalho de
jornalista online, quais os sites úteis e como elaborar pautas e criar sua
agenda de fontes.
Bom
estudo!
2.1 - Características e
especificidades do jornalismo online
Entre as
principais e mais importantes características do jornalismo online podemos
destacar:
Instantaneidade
–
A instantaneidade refere-se à
transmissão imediata e instantânea do fato;
–
Podemos dizer que a transmissão
no jornalismo online assemelha-se a rapidez com que os dados são transmitidos
pelo rádio;
–
É extremamente fácil, rápido e
barato inserir ou modificar notícias;
–
Devido à euforia e a rapidez,
algumas falhas podem ser detectadas;
–
Quando a informação deixa de
ser apurada de maneira mais completa e detalhada, existem a possibilidade de
erros de português que devem ser corrigidos.
Interatividade
–
Caracteriza-se como a
comunicação mediada por tecnologias em que há interação entre a mídia
tecnológica e o ser humano;
–
Nas seções de cartas de
jornais, TV e nos telefonemas para programas de rádio já havia algum tipo de
interatividade nas mídias tradicionais;
–
A escolha de diversos
"caminhos" para ler notícias é mais automatizada nas mídias digitais
do que em mídias de papel;
–
Os hiperlinks tornam a tarefa
muito mais fácil;
–
Nesta característica podemos
destacar que o leitor tem à sua disposição, formulários com comentários sobre
uma notícia que podem ser enviados simultaneamente à leitura da mesma.
Perenidade
–
Relacionada ao arquivamento,
memória e capacidade de armazenamento de informação;
–
Podemos dizer em relação a esta
característica, que o conteúdo jornalístico produzido, tem a possibilidade de
ser armazenado por muitos anos;
–
Há possibilidade de armazenamento
de uma grande quantidade de informação em pouco espaço.
Multimediação
–
Caracteriza-se pela utilização
conjunta de várias linguagens que vão além do texto e da imagem estática,
características do jornalismo tradicional;
–
Esta característica ressalta a
utilização de vários tipos de mídia e formatos de arquivos que se convergem,
para atingir todas as mídias;
–
São utilizados: texto e
hipertexto em computador, áudio, imagem estática (fotos) e em movimento (clipes
de vídeo) além de texto em papel, pois normalmente o conteúdo da internet é
impresso.
Hipertextualidade
–
Caracteriza-se por uma
hiperligação ou ligação, em que se faz uma referência a outro documento através
de links ao longo do texto;
–
Já a hipermídia é caracterizada
pelo uso de hiperlinks em conteúdo multimídia (áudio, vídeo, fotos, animações);
–
Os hiperlinks podem ser
comparados aos sumários existentes nas mídias tradicionais.
Personalização de conteúdo
–
Esta característica é marcada
pela customização, ou seja, devem-se colher as informações sobre os usuários e
leitores dos sites, e oferecer para eles a mídia que mais lhes interessa;
–
Com a personalização os sites
de informação (portais) podem permitir que os leitores escolham somente os
temas que os interessam e que recebam apenas as notícias relacionadas a eles ao
acessar a página principal;
–
Os usuários e participantes da
tecnologia da web 2.0, utilizam tags como uma nova forma de organizar,
catalogar e localizar os conteúdos que os próprios usuários criaram.
Como a escolha
dos tags é feita de maneira informal
e não pertence a nenhum esquema de classificação formalmente definido, esta
classificação recebe o nome de folksonomia (que é uma analogia à taxonomia que se
refere à classificação, porém inclui o prefixo folks, que é uma palavra da língua inglesa que significa “pessoas”) visto que a estrutura é
definida pelos usuários e está mudando constantemente.
2.2 - Fontes jornalísticas
Podemos dizer
que uma matéria jornalística só existe se houver fontes que a comprovem. Partindo
deste princípio é importante destacar que apuração está diretamente ligada a
termos como credibilidade, veracidade e poder.
O conceito de
fontes em jornalismo parte do princípio, que estas são pessoas que podem
apresentar-se de forma individual ou coletiva, além de serem documentos que
servem de base para o jornalista ter conhecimento em relação às informações e
opiniões.
As fontes
têm a finalidade também, de verificar e confirmar dados obtidos.
Quando falamos
de informações recebidas no ambiente virtual, dados cruzados por sites, blogs,
entrevistas por e-mail e outros sistemas de comunicação instantânea, é preciso
ter cautela e checar ainda mais as informações.
As
fontes são classificadas de duas maneiras:
–
Fontes oficiais: políticos governamentais,
empresários, religiosos, documentos oficiais, portais institucionais de órgãos
dos governos, fontes especializadas (assessores) entre outros.
–
Fontes não oficiais: ONG’s, sindicatos,
pessoas anônimas etc.
A
fidelidade e eficácia das fontes podem ser observadas a partir de quatro
fatores:
–
Habilidades comunicacionais, ou
seja, a escrita, a fala e a leitura;
–
Atitudes no dia a dia, ou seja,
comportamento em relação a si mesmo e aos outros;
–
Nível de conhecimento, sendo característica
plena da instituição da qual trabalha e o domínio da mensagem que está
transmitindo;
–
Posição na sociedade em relação
às atitudes e ao contexto que está inserido.
É importante
destacar que a fonte individual deve ter a capacidade de fornecer uma
informação noticiável, ela é avaliada pela noticiabilidade. Já quando a fonte é
um grupo, ela é avaliada pela autoridade e credibilidade e entra no topo da
hierarquia das fontes.
Ordem
de importância das notícias a partir das fontes:
–
Agenda ou rotina;
–
Ligadas ao governo;
–
Agências de notícias;
–
Outras entidades;
–
Pessoas anônimas.
Ao falarmos de
fontes precisamos destacar a necessidade de organizá-las. Antigamente a forma
mais habitual de fazer isso era através das conhecidas agendas de papel. Hoje, além
do uso das tradicionais agendas há ainda recursos e programas tecnológicos que
permitem a organização e armazenamento seguro destas informações.
Agenda Tradicional
Agenda Virtual ou Eletrônica
2.3 - Criação e elaboração de
pautas
Inicialmente
conceituaremos o que é uma pauta: “é a orientação que os repórteres recebem,
descrevendo que tipo de reportagem será feita e com quem deverão falar, onde e
como”. Destacamos que o objetivo inicial de uma pauta é planejar a edição.
Para produzir
qualquer matéria jornalística, o profissional precisa ter um ponto de partida,
um direcionamento. E com isso, a pauta torna-se um dos itens principais para o
trabalho jornalístico, seja ele online ou impresso.
Através da pauta
que é elaborada previamente, o repórter conseguirá ir até o local dos fatos,
apurar detalhadamente e a partir daí construir sua reportagem.
As pautas feitas
para o jornalismo online são mais dinâmicas que as produzidas para o jornalismo
impresso, pois é preciso um aprofundamento e apuração maiores para que não se
perca tempo produzindo a matéria. É importante lembrar que as pautas online
precisam ser criativas e completas.
Além disso, na
produção para a internet é necessário saber previamente quais os recursos
tecnológicos e multimídias que serão utilizados e ainda se haverá algum tipo de
interação com o público leitor.
Semelhanças
entre a pauta para o impresso e pauta para o online:
–
Apuração correta;
–
Imparcialidade;
–
Bom texto;
–
Busca por novidades.
Itens
indispensáveis em uma pauta para impresso e/ou jornalismo:
–
Resumo das ideias principais e
dos acontecimentos que são o objetivo principal da reportagem (foco);
–
Quais as informações que o
repórter precisará conseguir;
–
O posicionamento do veículo em
relação ao caso (para que o repórter consiga elaborar seu texto);
–
Deve fornecer todos os dados
necessários ao repórter como: nomes, cargos e telefones das pessoas
entrevistadas, os horários e locais das entrevistas.
Itens
indispensáveis em uma pauta para jornalismo online:
–
O tema e a questão central
(proposta da pauta);
–
Encaminhamento;
–
Roteiro com as perguntas que
devem ser respondidas;
–
Itens que são relevantes e que
devem ser abordados;
–
Os perfis e pontos de vistas que
são contemplados;
–
Histórico e informações
adicionais;
–
Recursos multimídia que serão
utilizados;
–
Necessidade de criação de
infográficos;
–
Chamada de capa, links internos
(ao longo da reportagem) e externos (capa);
–
Notícias anteriores relacionadas
ao tema;
–
Interação com o público leitor:
enquetes, links para bate-papo, fóruns de perguntas, entre outros.
Modelo
de pauta para o jornalismo online:
1
– Repórter;
2
– Editoria;
3
– Assunto;
4
– Enfoque;
5
– Informações preliminares;
6 – Questões importantes;
7
– Fontes;
8
– Recursos multimídia: fotos,
ilustrações/gráficos, áudio, vídeo;
9
– Intertextos (links para textos
relacionados);
10 – Indicações de sites (saiba mais);
11 – Memórias (matérias já publicadas na web sobre o assunto);
12 – Recursos de interatividade (comentário, fórum, enquete, fale
conosco etc).
2.4 - Ferramentas da tecnologia
As ferramentas
digitais são responsáveis por abrir novos caminhos e modificar a forma de se
produzir notícia. Os diversos recursos oferecidos pela internet são de grande
utilidade desde que sejam bem aproveitados, e as tecnologias da informação e
comunicação estão em permanente desenvolvimento.
Elementos
básicos para o trabalho jornalístico online.
–
Hardware: escolha do computador e componentes
que serão utilizados. É necessário um equipamento com um bom processador, uma
quantidade significativa de memória, disco rígido bom e elementos que
possibilitem a melhor utilização dos recursos online;
–
Software: dominar bem os programas
utilizados para baixar, visualizar e alterar arquivos;
–
Formato: conhecer as extensões, tipos e
formatos dos arquivos que serão trabalhados;
–
Idiomas: o conhecimento da língua
inglesa auxilia no entendimento de muitos aplicativos que só possuem esta
linguagem;
–
Critério de avaliação: saber determinar
se as fontes são confiáveis e a credibilidade das mesmas. Ter possibilidade de
checar as informações;
–
Critério de classificação: conseguir ter
habilidade para organizar os recursos, por exemplo, na pasta de Favoritos,
–
Critérios eficientes de busca: deve-se
ter uma base para realizar as buscas pela Internet. Saber orientar-se, eliminar
dados desnecessários e ser preciso na hora de realizar as buscas ajuda no sucesso
da atividade;
–
Pen drives e cartões de memória: os
pequenos dispositivos com grande capacidade de armazenamento de dados são
ferramentas interessantes para fazer back up de todos os documentos sempre que
desligar o computador.
Tratamento
de fotos, vídeos e áudio para a web.
A tecnologia
digital tem a capacidade de afetar tanto os meios de produção quanto os
próprios conteúdos. Além da publicação das notícias nos padrões do jornalismo
online, estas podem conter vídeos e áudios.
É importante destacar
que um bom entendimento e certa habilidade no uso de programas básicos de
edição multimídia, levam o profissional a ter mais agilidade na produção das
notícias online.
Dentre os
programas mais utilizados para inserção e alteração de áudio, vídeo e imagens
estão:
Photoshop
Fonte:
http://www.baixaki.com.br/imagens/2582/102996.jpg
Windows Media Player
Fonte:http://fc01.deviantart.net/fs24/i/2007/323/d/f/WMP_11_Aero_Black_by_fediaFedia.p
ng
MP3 DirectCut
Fonte:http://4.bp.blogspot.com/t7hfKiGtYA0/TeGVG1aLCmI/AAAAAAAAAls/gDbeh4njo28/
s1600/Mp3DirectCut+2.11.gif
Wave Pad
Fonte:
http://images.six.betanews.com/screenshots/1152232270-1.gif
BpowerAMP Music Converter
Fonte:
http://dbpoweramp.com/images/dmc/dmc-opt.png
Windows Media Enconder
Fonte:
http://www.digital-digest.com/software/images/Windows_Media_Encoder_main.png
Windows Movie Maker
Fonte: PrtScr Monitor do
computador
Os portais de
notícias e os sites oficiais são atualizados constantemente e abastecidos a
todo minuto com uma infinidade de materiais e dados. Diante disso, o acesso a
este material torna-se uma tarefa básica de um profissional do jornalismo
online.
Podemos dizer
que a revolução digital gerou grande surpresa no setor da informação devido à
maneira rápida e instantânea com que os novos equipamentos se impuseram nas
redações, e pela influência que tiveram no processo de produção de notícias.
Vantagens em relação à gravação
e edição de conteúdos no ambiente virtual
–
O processo de produção de
notícias sofreu grandes alterações devido à
digitalização;
–
Podemos dizer que a partir da
incorporação da fotografia digital e dos programas de edição eletrônica houve
uma revolução nos processos de produção da imprensa escrita;
–
A melhora no produto final, o
aceleramento da paginação e o encerramento mais tardio das edições foram alcançados
graças à edição digital;
–
A possibilidade de se verificar
na hora, a qualidade das imagens e a possibilidade de repetir a fotografia
várias vezes até que se chegasse ao resultado pretendido, só foram possíveis
devido ao surgimento das câmeras fotográficas digitais;
–
O envio de fotografias para a
redação, feito a partir do próprio local do acontecimento, acelerou
significativamente o processo de produção do jornal;
–
Novos softwares para o rádio e
a televisão possibilitaram a redução do tempo de produção;
–
Muitos dos trabalhos feitos
anteriormente só por editores hoje podem ser realizados por jornalistas,
através do trabalho com ferramentas de edição de som e vídeo.
Conclusão do
Módulo I
Olá, aluno(a)!
Você está quase
chegando ao fim da primeira etapa do nosso curso de Jornalismo Online,
oferecido pelos Cursos 24 horas.
Neste módulo
abordamos diversos assuntos dentro da área de jornalismo online! Entendemos
sobre o conceito da notícia online, o universo da web e de como cada vez mais a
internet faz parte de nossas vidas.
Para passar para
o próximo módulo, você deverá realizar uma avaliação referente a este módulo já
estudado. A avaliação encontra-se em sua sala virtual. Fique tranquilo(a) e
faça sua avaliação quando se sentir preparado!
Desejamos um bom estudo, boa
e sorte e uma boa avaliação!
Até
logo!
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