sábado, 28 de outubro de 2023

A Associação de Comunicadores e profissionais da imprensa do Nordeste (ADCPIN), é uma associação sem fins lucrativos, entidade representativa da Imprensa do Nordeste com atuação nacional.

 

                   

                                             


                                 Apostila Jornalismo on-line  de Comunicação Básica:

 Módulo I

 

 Apresentação, dialogo e troca de experiencias com associados e novos associados: A Associação de Comunicadores e profissionais da imprensa do Nordeste (ADCPIN), é uma associação sem fins lucrativos, entidade representativa da Imprensa do Nordeste com atuação nacional.

 

 

Introdução

Olá,

 

Este curso tem o objetivo de apresentar as características de um segmento da prática jornalística que tem crescido com o passar dos anos. No ano de 1995, um marco da era digital teve início no Brasil: a Internet deixou de ter seu uso exclusivamente acadêmico e passou a ser utilizada comercialmente, estendendo seu acesso para grande parte da sociedade.

 

Com o passar dos tempos, empresas de comunicação tradicionais passaram a reservar seus espaços no ambiente virtual oferecendo conteúdos aos internautas diariamente e instantaneamente conquistando assim, um novo público. A partir daí, tem início a prática do chamado jornalismo online que veremos suas características e especificidades ao longo deste curso.

 

É importante destacar que com o acesso facilitado às tecnologias, os meios de comunicação se depararam com um novo problema: a qualificação dos recursos humanos, ou seja, os profissionais muitas vezes não estão aptos a desenvolverem suas funções.

 

Diante disso, veremos conceitos básicos para esta qualificação, além de ter o conhecimento de como criar e elaborar pautas para a Internet, da explosão dos blogs e das redes sociais, dos conceitos de hipertexto, hipermídia, hiperlinks e falaremos também sobre os tipos de ferramentas úteis para esta nova tecnologia.

 

Na última unidade deste curso serão explicados detalhadamente os tipos de conteúdos que fazem parte de uma publicação jornalística online, além de serem apresentados dois aspectos da era multimídia que ainda são pouco conhecidos pelas pessoas de um modo geral: o newsgame e a TV digital.

 

Bom curso!


Unidade 1 - O Jornalismo Online

 

Seja bem-vindo(a)!

 

Para iniciar esta unidade começaremos com a definição de Internet, proposta pelos autores Cícero Junior e Wanderson Stael Paris:

 

“... estágio de desenvolvimento social caracterizado pela capacidade de seus membros (cidadãos, empresas e administração pública) de obter e compartilhar qualquer informação instantaneamente de qualquer lugar e maneira mais adequada.”

 

Como já dissemos na introdução, o início da implantação da Internet no Brasil nos padrões que conhecemos hoje começou no ano de 1995. Desde então, muitas mudanças e evoluções aconteceram tanto na rede, quanto na forma de escrever para ela.

 

Segundo relatos bibliográficos as primeiras experiências de jornalismo digital ocorreram nos Estados Unidos, na década de 1980, com a produção de videotextos feitos por empresas como Time, Times-Mirror e a Knight-Ridder. 

 

Já o primeiro site de notícias na rede foi criado no ano de 1992, nos Estados Unidos, que levava o nome de Chicago Tribune. Em relação à produção específica de notícias o pioneiro foi o Personal Journal, lançado em março de 1995, pelo norteamericano The Wall Street journal.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 : 

          

              

     

 

 

 

                         Fonte: http://publishing2.com/images/chicago-tribune-on-the-web-homepage.jpg  

Em relação ao Brasil, o jornalismo na Internet teve seu marco no ano de 1995, com o lançamento do site do Jornal do Brasil (JB). Em seguida, o jornal O Globo e a agência de notícias Agência Estado, também lançaram a versão eletrônica de suas publicações.

 

Para finalizar esta apresentação da unidade definiremos o termo Jornalismo Online também conhecido como ciberjornalismo, que é o jornalismo praticado no novo meio comunicacional da Internet.

 

Bom estudo!

1.1 - Do impresso à era digital

 

 

 

Antes de iniciarmos este tópico é preciso reforçar qual o papel do jornal, seja ele impresso ou online. Sua função é informar as pessoas, porém, pode ter a finalidade de distrair e entreter. Os jornalistas devem estar mergulhados na realidade e na atualidade, visando estar em sintonia com o público e o ambiente cultural de sua época.

 

Partindo da função principal da informação, ela possui como base central a produção de notícias em formas de matérias, reportagens e de notas. É importante que o veículo e seu profissional tenham em mente seu papel principal: divulgar fatos atuais e de interesse público e com isso, manter os leitores informados.

 

Além das matérias, os jornais também veiculam análises e opiniões que devem ser apresentadas com uma formatação diferenciada (online) e em páginas específicas (impresso). O profissional do jornalismo precisa saber que um texto noticioso não deve apresentar manifestações de opinião de quem o escreveu.

 

Há alguns anos o texto, que era colocado na rede mundial de computadores a Internet, era apenas uma transcrição daquele produzido para a mídia impressa.

 

Hoje, os textos e conteúdos que são disponibilizados na rede são produzidos e trabalhados exclusivamente para este meio de comunicação, com características e formatos especiais que veremos adiante.

 

É preciso ressaltar que desde sites e portais até chegarmos aos blogs e redes sociais, a atividade jornalística sempre teve lugar de destaque na internet. E esta atividade tem crescido exponencialmente com o passar dos anos. Uma pesquisa realizada pelo IBOPE em junho de 2002, revelou que a audiência dos noticiários que eram veiculados na Internet teve no período de um ano, um aumento equivalente a 130%.

 

A comunicação online veio para revolucionar as formas de emitir e receber informações. Ela modificou ainda, a forma de comunicação entre as pessoas. Destacamos que a existência do jornalismo na internet é baseada em um tripé relevante:

tecnologia, o profissional e os impactos sociais.

 

Antigamente os meios de comunicação restringiam-se ao impresso, rádio e posteriormente à televisão. Hoje a internet abrange todos estes meios em um só e oferece ainda, a característica da interatividade e da instantaneidade.

 

A digitalização desencadeou um processo de convergência de meios, linguagens e funções com impacto na atividade dos profissionais da informação que passaram a desenvolver características como multitarefas e multiplataformas. 

 

É importante que estes profissionais não se contentem apenas em saber como funciona, mas sim para que serve e qual a necessidade da utilização das mídias eletrônicas.

 

Podemos dizer que desde a invenção da internet houve o aparecimento e o aperfeiçoamento de diversas maneiras de propagação da informação. Veja a ordem de aparecimento destes canais de comunicação:

 

                     Surgiram inicialmente, as antigas salas de bate-papo do sistema de boletim eletrônico BBS (Bulletin Board Systems);

              

 

Fonte: http://www.techtudo.com.br/platb/files/2175/2011/07/Monochrome-bbs.png

 

                     Depois houve o surgimento dos programas utilizados para entrar em salas de bate-papo IRCs (Internet Relay Chat) e vieram as salas virtuais de bate-papo (chats);

 

 

                                Fonte: http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/07/mirc.gif

 

 

 

 

 

 

 

 

                     Em seguida, surgiu o primeiro aplicativo que reunia atividades como: bate-papo, trocas de arquivos e mensagens instantâneas (ICQ);

 

 

Fonte: http://lh3.ggpht.com/Albarquel/SDxCOjZ4k6I/AAAAAAAAAWc/mt-NFPNhcNo/s1600h/icq6%5B8%5D.jpg

 

                     Logo depois, a Microsoft lançou o aplicativo utilizado para bate-papo, trocas de arquivos, mensagens instantâneas e exibição de webcam: o MSN (Messenger).

 

 

  Fonte: http://www.baboo.com.br/absolutenm/articlefiles/5330-              msn604.JPG

 

Após esta evolução dos programas e aplicativos de conversação e transmissão de informações no ambiente virtual, o primeiro jornal on-line foi colocado na rede e era a cópia fiel do impresso The New York Times. Com o passar dos tempos, as notícias online passaram a criar formas específicas e começaram a ter certa padronização.

 

Podemos dizer que a comunicação impressa é a precursora do jornalismo. O jornal impresso sobreviveu à criação do rádio e da TV. Porém, com o surgimento do jornalismo online houve o aparecimento de algumas vantagens em relação à impressão, entre elas: a rapidez, a convergência dos fatos e as facilidades de acesso. Diante da popularização alcançada pela internet, os veículos jornalísticos passaram a migrar para o universo da web. 

 

Além de notarem a influência e abrangência da internet, grandes grupos editoriais brasileiros perceberam sua representatividade como um mercado em expansão, o que poderia ser bastante lucrativo.

 

 

 

Entre as diversas atividades e funções do jornalismo online, podemos citar:

 

                     A comunicação entre o jornalista, o leitor e a fonte torna-se rápida e ágil;

 

                     Há maior facilidade na busca de ideias que posteriormente transformam-se em notícias;

 

                     O repórter tem mais ajuda para encontrar as fontes autorizadas;

 

                     O jornalista tem mais facilidade em apurar e descobrir o contexto dos fatos e possíveis novos acontecimentos;

 

                     Há possibilidade de um monitoramento das discussões dos variados assuntos em áreas específicas;

 

                     Maior facilidade no acesso aos arquivos em todo o mundo e na busca de documentos;

 

                     Há chances de se consultar várias bases de dados e bibliotecas.

 

O século XXI é caracterizado pela reformulação de como se contam as histórias e da forma que o leitor e/ou expectador recebe estas informações.

 

Duas características principais da internet merecem destaque, sendo uma delas a junção de texto com som e vídeo, em uma única mídia dentro de um espaço comum e a outra seria a comunicação entre jornalismo e sistemas de informação, referente às bases de dados.

 

É importante ressaltar que alguns veículos, apenas transferem suas edições impressas para o jornalismo eletrônico sem alterar o conteúdo.

 

Para caracterizar a prática do jornalismo online, além de adaptar o texto para o webjornalismo é importante criar novas ferramentas como hiperlinks, infográficos, dentre outras, que caracterizam o padrão de produção de textos para a internet. 

 

A prática do jornalismo online tem a finalidade de informar e atrair o internauta de onde estiver e na hora que quiser, sendo que o conteúdo ficará disponível na rede 24 horas por dia.

 

Dentre as nomenclaturas que fazem referência ao jornalismo online podemos citar: o webjornalismo, o ciberjornalismo, o jornalismo eletrônico e o jornalismo digital, todos esses caracterizam a prática do jornalismo através de meios digitais.

 

Com o advento da internet e com a migração de muitos leitores do jornalismo tradicional para o online, comentou-se sobre a possibilidade do fim do jornalismo impresso. 

 

Para esclarecer você aluno sobre este tema, destacamos uma reportagem publicada do portal da revista Carta Capital. Optamos por colocá-la na íntegra, pois como é um tema que não tem fundamentação ou dados que possam confirmá-lo, ele se baseia na opinião de profissionais e estudiosos.

 

Antes de colocar o artigo, iremos deixar aqui uma questão reflexiva que pode auxiliar na busca por uma resposta: a televisão surgiu e não houve o desaparecimento do rádio, o teatro não foi esquecido com o surgimento do cinema, e por que o jornal impresso deixaria de existir com a chegada da internet e do jornalismo online?

 

O jornalismo impresso vai acabar?

 

Clara Roman

 

Não há consenso entre os profissionais de imprensa, do marketing digital e da propaganda:  qual será o modelo vencedor no futuro, capaz de gerar renda na internet e substituir os negócios hoje ainda centrados no papel e na televisão? No segundo dia do evento New Brand Communication (NBC) a grande pergunta era se a internet conseguirá democratizar a comunicação no País, hoje concentradas em algumas poucas corporações familiares.

 

A questão pesa tanto na publicidade quanto no jornalismo. “A gente tem um vício que é a Casa Grande – Senzala,” diz Rene de Paula, que participou da mesa “Inovação em Comunicação de Marcas”. Segundo o publicitário, os

 

profissionais da área acabam imersos em um universo particular onde “todos possuem Iphone, enquanto a maioria do Brasil está comprando um notebook ou PC em 12 prestações”. É esse público que o marketing online deve atingir. “O grande desafio é entender que as coisas não acontecem somente na Vila Olímpia. A inovação deve ser social e política”, diz.

 

Para exemplificar, De Paula cita o Orkut, site de relacionamentos tido como ultrapassado pelas Classes AB, mas ainda um dos mais acessados no País. Segundo ele, é o que dá mais retorno. A inovação diz De Paula, não consiste em criar aplicativos, mas em entender os mecanismos de acesso à Web no Brasil. “Achava que a internet iria ser a coisa mais inclusiva, mas acho que estamos aumentando o abismo.”

 

O conteúdo continua sendo elencado como o fator mais importante para um negócio de sucesso. Gane Carta, editor do website de Carta Capital, falou da sua experiência à frente da página eletrônica da revista. “A Carta Capital tem uma marca que é uma linha editorial progressista: pró-mercado, mas contrária a uma globalização desenfreada. O website tem de refletir mais essa marca, esse brand”, diz Carta.

 

Divergência

No painel “O Futuro da Mídia”, o debate girou em torno de uma divergência entre Luiz Carlos Azenha,  Marcelo Coutinho e Enor Paiano. Paiano é diretor de publicidade do UOL e Coutinho é diretor de Inteligência de Mercado do portal Terra, os dois grandes do jornalismo e entretenimento online. Já Azenha é dono do blog “Vi o mundo”, em que escreve sobre política.

 

 “A ecologia da mídia é a mesma de 50 anos atrás. O peixe grande come o peixe pequeno”, afirmou Azenha, iniciando a polêmica que se estenderia por quase toda a mesa. Isso porque, Coutinho e Paiano defendiam a ideia de que com a democratização dos instrumentos de mídia proporcionada com a internet, mais pessoas passariam a ser produtoras quebrando o monopólio dos grandes

 

meios de comunicação. Como exemplo, Paiano citou o UOL, que possui 300 sites agregados de pequenos empresários da mídia. Esses sites são geralmente administrados por uma pessoa que faz a página e terceiriza serviços. “Alguns são remunerados, outros não”, observa Paiano.

 

Para contrapor a teoria, Azenha citou o próprio caso: o blogueiro afirma que não recebe quase nada para tocar o site e ainda tem gastos fenomenais em processos pelo que escreve. Para justificar, Coutinho afirmou que o problema é o tema: o jornalismo político sempre deu prestígio, nunca deu receita. O que vende são Esportes e Celebridade. “É claro que um blog politizado enfrenta mais pressões, como o Movimento”, argumenta Coutinho. O  jornal Movimento foi uma publicação fundada em 1975, que sofreu forte repressão durante a Ditadura Militar.

 

A grande questão, no entanto, é como sustentar o modelo digital e se de fato o papel entrará em decadência. “Talvez o online não signifique o fim do papel, mas como essas coisas podem coexistir”, colocou a moderadora e repórter especial de Carta Capital, Cynara Menezes. Mas a mesa discordou. Coutinho foi incisivo ao afirmar que o papel vai sim acabar em pouco tempo, mesmo com a venda de jornais aumentando e os anúncios se concentrarem em grande parte nas publicações dos grandes veículos. Mas, diz ele, a cada reajuste os anúncios ficam mais baratos sufocando as empresas.

 

Paiano acredita no fim do modelo de produção que hoje assistimos: o grupo de pessoas que filtra a informação para todas as outras será posto em xeque. A televisão segundo ele, terá ainda uma sobrevida uma vez que o mercado publicitário está em torno do orçamento da Rede Globo.

 

O americano Saman Rahmanian, também foi categórico ao apostar no fim da mídia impressa. Os Estados Unidos estão anos na frente nesse processo e já assistiram a naufrágios de diversos veículos de comunicação. Para Rahmanian, o papel se extinguirá e a notícia será dada em outro formato. “Uma

redefinição do trabalho será necessária se quisermos nos manter no mercado”, oferece Rahmanian. “Todo mundo tem as ferramentas, mas nem todo mundo tem coisas interessantes para dizer.”

 

Fundamental, conclui ele, é oferecer conteúdo.

 

Fonte: http://www.cartacapital.com.br/tecnologia/o-jornalismo-vai-acabar/

 

 

1.2 - Pirâmide invertida

 

Não há como falar em jornalismo impresso e jornalismo online sem citar a chamada “pirâmide invertida”, que é uma técnica de estruturação de texto jornalístico. A chegada da internet fez com que a prática da escrita através da pirâmide invertida fosse modernizada e atualizada.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSXNhjH4VzknV4-9RTKydBH-MjpPPDw9oGFWXMDuMNDxR2WRL7d83VIWzBF-83ViQB_R-4L1NLJesWC2kWGyWwzH5v2qkzUnV9-Mnj9Z_OpHkU6LbdqWITZcdLr1GGwxox2y7LUr8H7hY/s1600/ Luciane+-+Pir%C3%A2mide.jpg

 

Ao falarmos em “pirâmide invertida” devemos lembrar que esta é a técnica mais comum de construção das notícias. 

 

Nela há elaboração de um lead direto, ou seja, a primeira parte de uma notícia que deve responder às perguntas: “o quê?", "quem?", "quando?", "onde?", "como?", e "por quê?”. 

 

Quando falamos em pirâmide invertida é importante destacar que o texto é disposto em uma ordem decrescente de importância, ou seja, os fatos mais relevantes aparecem no início do texto abrindo a redação jornalística, já os que possuem menor relevância aparecem em seguida.

 

Já na elaboração e estruturação de notícias online o recomendado, é utilizar uma estrutura de blocos que permita ao leitor construir sua própria leitura da notícia.

 

Em relação às vantagens da publicação em blocos podemos destacar:

 

                     Cada parágrafo pode ser lido de forma individual sem estar diretamente subordinado ao anterior, os blocos são independentes;

 

                     A aplicação desta estruturação é focada nos leitores da web que normalmente não têm muito tempo. Desta forma, caso os leitores não possam realizar a leitura da matéria até o final, eles conseguem entender o que está sendo dito do mesmo jeito;

 

                     A forma de narração do fato acontece com naturalidade aproximando-se da maneira como contamos uma história.

 

                     A facilidade de leitura e memorização tende a ser maior.

 

                     É uma técnica que consegue se adaptar facilmente às necessidades das edições e de paginação dos sites.

 

                     Permite ao jornalista narrar um fato brevemente economizando tempo. Em 15 ou 20 minutos, um profissional redige uma notícia que aconteceu em poucos instantes.

 

Influências mútuas entre o jornalismo online e as mídias tradicionais

 

Algumas mídias eletrônicas como rádio e televisão exercem influência direta sobre o jornalismo online. 

 

A concisão, o estilo direto e a informalidade são características do texto de rádio que mais se adaptam ao jornalismo online. Em contrapartida, o jornalismo online também exerce influência sobre a mídia tradicional. 

 

Jornais e revistas têm utilizado muito a técnica da diagramação “lincada", ou seja, se utiliza a ligação visual entre palavras do texto e elementos gráficos como fotos e textos explicativos. Esta prática se assemelha às ligações feitas através do hipertexto.

 

Além das influências citadas acima, esta nova prática jornalística também fez com que as outras mídias ampliassem a base de pesquisas e de fontes de notícias. Veículos como rádios e pequenos jornais regionais passaram a coletar muita informação na internet, sustentados por fontes de pesquisas.

 

São exemplos de fontes de pesquisas: sites de busca; programas que pesquisam em diversos locais de busca ao mesmo tempo e filtram os resultados; listas de discussões e fóruns; listas de perguntas feitas sobre um determinado assunto e que em geral tem credibilidade por serem construídas coletivamente; e ainda sites pessoais de empresas, entidades e órgãos governamentais.

 

Em relação às diferenças entre webjornalismo e jornalismo impresso:

 

                       No jornalismo impresso o profissional tem 24 horas para elaborar e concluir suas edições e também há limites de espaço no papel;

 

                       O horário para fechar um jornal (deadline) não é regra estabelecida para o jornalismo online, pois neste tipo de publicação em média a cada cinco minutos pode-se alimentar a página com novas informações da notícia;

De acordo com o autor João Canavilhas, há quatro fatores diferentes dentro da estrutura do jornalismo tradicional e do jornalismo digital:

 

                       Distribuição (o acesso);

 

                       Personalização (o papel ativo do utilizador);

 

                       Periodicidade (fim da lógica de “uma edição, um produto”);

 

                       Informação útil (prática e objetiva).

 

Ressaltamos que no cenário atual, muitas pessoas não querem pagar todos os dias, mesmo sendo o valor baixo, um produto que elas podem não usar integralmente e que elas têm que descartar diariamente, sabendo que podem ter acesso a ele gratuitamente e no momento que desejarem.

 

 

LEITURA COMPLEMENTAR

 

Data de publicação: 03/12/2010

 

Sites de notícias atingiram dois terços dos internautas em outubro

Também cresceram os sites de automóveis e de viagens

 

Em outubro de 2010, a categoria que mais cresceu percentualmente em número de usuários únicos segundo o IBOPE Nielsen Online, foi a automotiva com evolução de 9,8% em relação ao mês anterior. Foi seguida por viagens e turismo, com aumento mensal de 7,5% e por governo e entidades sem fins lucrativos com 6,5%.

 

Por causa da procura por informações sobre a eleição, também cresceram em outubro os sites de notícias. A subcategoria eventos correntes e

ativos em outubro de 2010, o que representou crescimento de 2,8% sobre o mês anterior e de 13,2% em relação aos 36,8 milhões de outubro de 2009. Considerando o uso da internet em todos ambientes (trabalho, residências, escolas, lan houses, bibliotecas, telecentros), o número de pessoas com acesso foi de 67,5 milhões no quarto trimestre de 2009.

Fonte: http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect?temp=6&proj=PortalIBOPE&pub=T& db=caldb&comp=pesquisa_leitura&nivel=null&docid=43C38F7F9263E1C1832577EE00514A18

 

1.3 - O jornalismo na era digital

 

Com a implantação de jornais e revistas na internet, foi inaugurado um novo veículo de comunicação, que reúne características de todas as outras mídias e tem como suporte as redes mundiais de computadores: o jornalismo digital. 

 

Na era do jornalismo digital há uma revolução tanto no modelo de produção, quanto no de distribuição das notícias. Nesta nova era o tradicional papel cede lugar para os impulsos eletrônicos (bits) capazes de alcançar grandes velocidades na hora de transmitir a informação.

 

Os recursos multimídia atualizam os bits instantaneamente na tela do computador através de textos, gráficos, imagens, animações, áudio e vídeo.

 

Para prosperar e manter-se na era digital é preciso que o profissional aprenda e se adapte as novas formas de produzir do jornalismo, ou seja, é preciso conhecer e estar familiarizado recentes técnicas do jornalismo online.

 

“A digitalização da informação faz desaparecer o meio físico, instaurando uma nova forma de fazer jornalismo, a qual pressupõe atualização instantânea dos bits na forma de textos, gráficos, imagens, animações, áudio, vídeo – os recursos da multimídia. Com a digitalização, o jornalismo se renova dando sequência ao movimento de evolução dos meios de comunicação, movimento esse diretamente associado ao desenvolvimento e à dinâmica das cidades.” (BARBOSA, 2002, p.11).

Algumas características do profissional do jornalismo na era digital:

 

                       É prático e não conceitual;

 

                       Tem de ser rápido porque não há tempo a perder;

 

                       Precisa ter atenção;

 

                       Ser inteligente e habilidoso para recolher as informações e transformá-las em texto;

 

                       É necessário o domínio da língua portuguesa;

 

                       Precisa buscar a imparcialidade e isentar-se da matéria;

 

                       Não pode misturar fatos com opinião;

 

                       Sigilo sobre as fontes sempre;

 

                       Saber aceitar críticas e refletir sobre elas;

 

                       Saber separar a relação entre entrevistados/entrevistador e ter profissionalismo;

 

                       Buscar a originalidade e inovação.

 

Alguns princípios da nova era da Internet:

 

                       Antigamente os sites eram apenas depósitos isolados de informação em que a comunicação e seus canais possuíam uma só via. Hoje esta realidade mudou;

 

                       Os web sites são fontes de conteúdo e funcionalidade;

 

                       A comunicação tornou-se mais intensa, pois com a era da internet o envio de áudio e fotos, a manutenção de um blog e a liberdade de publicar comentários é algo de fácil entendimento e realização;

 

                       A nova era da internet e a versão da web 2.0 focam as áreas de criação e distribuição de conteúdos na web. Desta forma há uma comunicação aberta, o controle é descentralizado e há liberdade para compartilhar conteúdos;

 

                       Podemos dizer que com modelo da web 2.0, muitas pessoas podem comentar e colaborar com o conteúdo publicado.

 

Características e especificidades do texto para web

 

Há diversas maneiras de se usar textos e outros conteúdos na mídia eletrônica que são:

 

                     Transposição pura, ou seja, o texto produzido para a mídia de papel é transcrito sem nenhuma modificação para a rede. Em relação à vantagem destacamos uma maior disponibilidade se comparado ao impresso sendo que a distribuição é instantânea, rápida e há baixo custo na publicação. Além disso, há facilidade de visualização e impressão;

 

                     Quando falamos nos problemas e transtornos desta transposição, precisamos destacar que ela não aproveita bem os recursos que a era multimídia oferece. E ainda, existe a questão de que muitas pessoas acham desconfortável a leitura de textos extensos na tela do computador;

 

                     Transposição com uso de hyperlinks, ou seja, além do texto tradicional feito para o veículo impresso há utilização do formato hipertexto, com uso de links para notas de rodapé (complementação de algum dado relacionado à matéria principal como endereço ou telefone do local citado) e para outros textos. A vantagem deste tipo de publicação é que os links tornam a leitura mais rápida, pois facilitam a consulta a outras fontes e as notas;

 

                     A adaptação ao hipertexto no qual o texto impresso é reescrito e produzido especialmente para ser lido no ambiente web. Neste caso as informações estão dispostas em blocos com uma média de 100 palavras, com uso extensivo de hyperlinks e entretítulos ou subtítulos.

 

                     A vantagem desta prática é que a adaptação aproveita melhor a mídia, porém a produção acaba saindo mais cara, pois a reedição do material textual para mídia de papel é mais demorada.

 

                     A narrativa é desenvolvida através da hipermídia, ou seja, os textos e as imagens são pensados e editados para serem distribuídos em hipermídia.

 

                     Destacamos o grande aproveitamento dos recursos tecnológicos. Porém, o custo é muito alto e há pouco suporte para uso em mídia de papel.

 

É importante destacar que todo documento encontrado na internet independente de sua natureza, precisa atender a quatro princípios básicos. São eles:

 

1° – Princípio verificativo ou comprobatório;

 

2° – Princípio explicativo;

 

3° – Princípio editorial;

 

4° – Princípio de permanência.

 

O ato de procurar uma informação na internet não é feito da mesma maneira como costuma ser feito em arquivos de empresas ou de bibliotecas. Nestas, os arquivos apresentam sistemas de organização e filtragem que são capazes de tornar a informação pesquisada mais confiável.

 

Porém, na internet qualquer pessoa disponibiliza informações organizadas segundo critérios pessoais, o que torna mais difícil a identificação. Uma vantagem da internet é que os conteúdos dos meios de comunicação passaram a ser disponibilizados simultaneamente em todo o mundo.

 

1.4 - Siglas e nomenclaturas específicas do ambiente digital

 

A grande quantidade de siglas que são usadas na internet muitas vezes forma uma barreira na compreensão das pessoas que não dominam o assunto.

 

É importante romper estas barreiras e definir os conceitos básicos da tecnologia que são úteis no dia a dia dos profissionais que utilizam este meio para se comunicarem.

 

Veja abaixo algumas destas siglas e seus significados definidas pelo site alunosonline.com.br e pelo portal Wikipédia:

 

                     Adobe Acrobat Reader: exibe arquivos em PDF (extensão do arquivo);

 

                     Back up: faz cópia de segurança de dados em um dispositivo de armazenamento;

 

                     Bits: é a menor unidade de informação que pode ser armazenada ou

transmitida;

 

                     Byte: unidade de medida da informação digital. Contém oito bits

consecutivos;

 

                     Endereço IP (Internet Protocol): protocolo da internet. É a identidade numérica de um servidor da web;

 

                     Feed: formato de dados usado em formas de comunicação com conteúdo atualizado frequentemente como sites de notícias ou blogs;

 

                     FTP: protocolo de transferência de arquivo;

 

                     Homepage: página de abertura de um site pela qual se chega às demais;

 

                     HTML: linguagem padrão de criação das páginas da web;

 

                     HTTP: hypertext transfer protocol (protocolo de transferência de hipertexto) é um protocolo de comunicação entre sistemas de informação que permite a transferência de dados entre redes de computadores, principalmente na World Wide Web (internet);

 

                     Internet: se refere à rede de computadores conectados que trocam informações;

 

                     K, M, G, T, KB, MB e GB: Respectivamente kilo, mega, giga, tera, kilobyte, megabyte, e gigabyte;

 

                     Link: conexão entre páginas, palavra, fotos ou gráficos em diferentes áreas da internet.

 

                     Memória cachê: armazenamento temporário de todos os arquivos baixados no computador durante a navegação na web;

 

                     MI (mensagem instantânea): é informal, rápida e eficiente;

 

                     Navegador da Web: ferramenta usada para acessar as informações da internet que são publicadas. Exemplos: Internet Explorer e Firefox;

                     RSS (Really Simple Syndication): permite fazer uma assinatura para ter acesso a um feed de informação que é transmitido diretamente ao leitor RSS ou navegador web;

 

                     Tag: estruturas de linguagem de marcação que consistem em breves instruções, tendo uma marca de início e outra de fim.

 

                     URL (Uniform Resource Locator): endereço da web, como os servidores leem;

 

                     Web 2.0: páginas da web cuja importância se deve principalmente a

participação dos usuários;

 

                     World Wide Web (www): se refere a um modo de acesso à informação através da Internet usando o http e os navegadores da web.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Unidade 2 – Ferramentas de Trabalho no Jornalismo Online 

 

Olá,

 

Com as técnicas e o surgimento de novas ferramentas digitais, os profissionais começaram a ter acesso às informações ainda desconhecidas que não foram divulgadas e muitas outras que estão disponíveis na rede.

 

O trabalho em jornalismo seja ele impresso ou digital apresenta algumas particularidades.

 

Veja abaixo, um guia com os 10 mandamentos para o jornalista que está começando no ramo da comunicação ou que deseja trabalhar com este segmento:

 

 

Dez mandamentos do futuro jornalista

 

1-                   O domínio da língua portuguesa é requisito básico na profissão. Habitue-se a ler diariamente jornais, revistas e livros e a manter-se atualizado com os demais meios de comunicação.

 

2-                   Prepare-se para passar alguns sábados e domingos dentro de uma redação ou na rua apurando uma matéria. A notícia não cumpre agenda e precisa ser divulgada todos os dias sem descanso.

 

3          - Saiba que o trabalho em equipe é importante na profissão. Ouça o que as pessoas têm a dizer, aprenda com os mais velhos e respeite os mais jovens. O jornalismo é uma carreira dinâmica e nada melhor do que construir uma sólida rede de contatos.

 

4          - Nem o melhor dos jornalistas sabe tudo sobre todos os assuntos.

Seja humilde e em caso de dúvidas não tenha vergonha de perguntar.

 

5          - Domine as ferramentas básicas de informática e aprenda um ou

mais idiomas em especial o inglês.

 

6          - Descubra "quem é quem" na área e mais do que isso, saiba construir sua rede de relacionamento, sua network, importante em qualquer carreira, principalmente na área de comunicação.

 

7- Seja curioso, busque novos conhecimentos e amplie seus horizontes.

Um bom jornalista tem na bagagem um vasto repertório de informações.

 

8      - Seja ético e honesto em seu trabalho, pois só assim conseguirá o

respeito e a credibilidade que o distinguirão na carreira.

 

9      - Procure especializar-se numa área pela qual você tenha interesse

genuíno.

 

10   - Valorize a vida acadêmica, desenvolva senso crítico para ingressar

e permanecer no mercado de trabalho.

 

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/publifolha/ult10037u320943.shtml

 

 

 

Nesta unidade você verá as técnicas e ferramentas necessárias para a execução do trabalho de jornalista online, quais os sites úteis e como elaborar pautas e criar sua agenda de fontes.

 

Bom estudo!

 

 

 

2.1 - Características e especificidades do jornalismo online

 

Entre as principais e mais importantes características do jornalismo online podemos destacar:

 

Instantaneidade

 

                       A instantaneidade refere-se à transmissão imediata e instantânea do fato;

 

                       Podemos dizer que a transmissão no jornalismo online assemelha-se a rapidez com que os dados são transmitidos pelo rádio;

 

                       É extremamente fácil, rápido e barato inserir ou modificar notícias;

 

                       Devido à euforia e a rapidez, algumas falhas podem ser detectadas; 

 

                       Quando a informação deixa de ser apurada de maneira mais completa e detalhada, existem a possibilidade de erros de português que devem ser corrigidos.

 

Interatividade

 

                     Caracteriza-se como a comunicação mediada por tecnologias em que há interação entre a mídia tecnológica e o ser humano;

 

                     Nas seções de cartas de jornais, TV e nos telefonemas para programas de rádio já havia algum tipo de interatividade nas mídias tradicionais;

 

                     A escolha de diversos "caminhos" para ler notícias é mais automatizada nas mídias digitais do que em mídias de papel;

 

                     Os hiperlinks tornam a tarefa muito mais fácil;

 

                     Nesta característica podemos destacar que o leitor tem à sua disposição, formulários com comentários sobre uma notícia que podem ser enviados simultaneamente à leitura da mesma.

 

Perenidade

 

                     Relacionada ao arquivamento, memória e capacidade de armazenamento de informação;

 

                     Podemos dizer em relação a esta característica, que o conteúdo jornalístico produzido, tem a possibilidade de ser armazenado por muitos anos;

 

                     Há possibilidade de armazenamento de uma grande quantidade de informação em pouco espaço.

 

Multimediação

 

                     Caracteriza-se pela utilização conjunta de várias linguagens que vão além do texto e da imagem estática, características do jornalismo tradicional;

 

                     Esta característica ressalta a utilização de vários tipos de mídia e formatos de arquivos que se convergem, para atingir todas as mídias;

 

                     São utilizados: texto e hipertexto em computador, áudio, imagem estática (fotos) e em movimento (clipes de vídeo) além de texto em papel, pois normalmente o conteúdo da internet é impresso.

 

Hipertextualidade

 

                     Caracteriza-se por uma hiperligação ou ligação, em que se faz uma referência a outro documento através de links ao longo do texto;

 

                     Já a hipermídia é caracterizada pelo uso de hiperlinks em conteúdo multimídia (áudio, vídeo, fotos, animações);

 

                     Os hiperlinks podem ser comparados aos sumários existentes nas mídias tradicionais.

 

Personalização de conteúdo

 

                     Esta característica é marcada pela customização, ou seja, devem-se colher as informações sobre os usuários e leitores dos sites, e oferecer para eles a mídia que mais lhes interessa;

 

                     Com a personalização os sites de informação (portais) podem permitir que os leitores escolham somente os temas que os interessam e que recebam apenas as notícias relacionadas a eles ao acessar a página principal;

 

                     Os usuários e participantes da tecnologia da web 2.0, utilizam tags como uma nova forma de organizar, catalogar e localizar os conteúdos que os próprios usuários criaram.

 

Como a escolha dos tags é feita de maneira informal e não pertence a nenhum esquema de classificação formalmente definido, esta classificação recebe o nome de folksonomia (que é uma analogia à taxonomia que se refere à classificação, porém inclui o prefixo folks, que é uma palavra da língua inglesa que significa “pessoas”) visto que a estrutura é definida pelos usuários e está mudando constantemente.

 

2.2 - Fontes jornalísticas

 

Podemos dizer que uma matéria jornalística só existe se houver fontes que a comprovem. Partindo deste princípio é importante destacar que apuração está diretamente ligada a termos como credibilidade, veracidade e poder.

 

O conceito de fontes em jornalismo parte do princípio, que estas são pessoas que podem apresentar-se de forma individual ou coletiva, além de serem documentos que servem de base para o jornalista ter conhecimento em relação às informações e opiniões.

As fontes têm a finalidade também, de verificar e confirmar dados obtidos.

 

Quando falamos de informações recebidas no ambiente virtual, dados cruzados por sites, blogs, entrevistas por e-mail e outros sistemas de comunicação instantânea, é preciso ter cautela e checar ainda mais as informações.

 

As fontes são classificadas de duas maneiras:

 

          Fontes oficiais: políticos governamentais, empresários, religiosos, documentos oficiais, portais institucionais de órgãos dos governos, fontes especializadas (assessores) entre outros.

 

          Fontes não oficiais: ONG’s, sindicatos, pessoas anônimas etc.

 

A fidelidade e eficácia das fontes podem ser observadas a partir de quatro fatores:

 

                       Habilidades comunicacionais, ou seja, a escrita, a fala e a leitura;

 

                       Atitudes no dia a dia, ou seja, comportamento em relação a si mesmo e aos outros;

 

                       Nível de conhecimento, sendo característica plena da instituição da qual trabalha e o domínio da mensagem que está transmitindo;

 

                       Posição na sociedade em relação às atitudes e ao contexto que está inserido.

 

É importante destacar que a fonte individual deve ter a capacidade de fornecer uma informação noticiável, ela é avaliada pela noticiabilidade. Já quando a fonte é um grupo, ela é avaliada pela autoridade e credibilidade e entra no topo da hierarquia das fontes.

 

Ordem de importância das notícias a partir das fontes:

 

                       Agenda ou rotina;

 

                       Ligadas ao governo;

 

                       Agências de notícias;

 

                       Outras entidades;

 

                       Pessoas anônimas.

 

Ao falarmos de fontes precisamos destacar a necessidade de organizá-las. Antigamente a forma mais habitual de fazer isso era através das conhecidas agendas de papel. Hoje, além do uso das tradicionais agendas há ainda recursos e programas tecnológicos que permitem a organização e armazenamento seguro destas informações.

 

Agenda Tradicional

 

 

 

Agenda Virtual ou Eletrônica

 

 

2.3 - Criação e elaboração de pautas

 

Inicialmente conceituaremos o que é uma pauta: “é a orientação que os repórteres recebem, descrevendo que tipo de reportagem será feita e com quem deverão falar, onde e como”. Destacamos que o objetivo inicial de uma pauta é planejar a edição.

 

Para produzir qualquer matéria jornalística, o profissional precisa ter um ponto de partida, um direcionamento. E com isso, a pauta torna-se um dos itens principais para o trabalho jornalístico, seja ele online ou impresso.

 

Através da pauta que é elaborada previamente, o repórter conseguirá ir até o local dos fatos, apurar detalhadamente e a partir daí construir sua reportagem.

 

As pautas feitas para o jornalismo online são mais dinâmicas que as produzidas para o jornalismo impresso, pois é preciso um aprofundamento e apuração maiores para que não se perca tempo produzindo a matéria. É importante lembrar que as pautas online precisam ser criativas e completas.

 

Além disso, na produção para a internet é necessário saber previamente quais os recursos tecnológicos e multimídias que serão utilizados e ainda se haverá algum tipo de interação com o público leitor.

 

Semelhanças entre a pauta para o impresso e pauta para o online:

 

                       Apuração correta;

 

                       Imparcialidade;

 

                       Bom texto;

 

                       Busca por novidades.

 

Itens indispensáveis em uma pauta para impresso e/ou jornalismo:

 

                       Resumo das ideias principais e dos acontecimentos que são o objetivo principal da reportagem (foco);

 

                       Quais as informações que o repórter precisará conseguir;

 

                       O posicionamento do veículo em relação ao caso (para que o repórter consiga elaborar seu texto);

 

                       Deve fornecer todos os dados necessários ao repórter como: nomes, cargos e telefones das pessoas entrevistadas, os horários e locais das entrevistas.

 

Itens indispensáveis em uma pauta para jornalismo online:

 

                       O tema e a questão central (proposta da pauta);

 

                       Encaminhamento;

                       Roteiro com as perguntas que devem ser respondidas;

 

                       Itens que são relevantes e que devem ser abordados;

 

                       Os perfis e pontos de vistas que são contemplados;

 

                       Histórico e informações adicionais;

 

                       Recursos multimídia que serão utilizados;

 

                       Necessidade de criação de infográficos;

 

                       Chamada de capa, links internos (ao longo da reportagem) e externos (capa);

 

                       Notícias anteriores relacionadas ao tema;

 

                       Interação com o público leitor: enquetes, links para bate-papo, fóruns de perguntas, entre outros.

 

Modelo de pauta para o jornalismo online:

 

1      Repórter;

 

2      Editoria;

 

3      Assunto;

 

4      Enfoque;

 

5      Informações preliminares;

 

6      Questões importantes;

7      Fontes;

 

8      Recursos multimídia: fotos, ilustrações/gráficos, áudio, vídeo;

 

9      Intertextos (links para textos relacionados);

 

10  Indicações de sites (saiba mais);

 

11  Memórias (matérias já publicadas na web sobre o assunto);

 

12  Recursos de interatividade (comentário, fórum, enquete, fale conosco etc).

 

2.4 - Ferramentas da tecnologia

 

As ferramentas digitais são responsáveis por abrir novos caminhos e modificar a forma de se produzir notícia. Os diversos recursos oferecidos pela internet são de grande utilidade desde que sejam bem aproveitados, e as tecnologias da informação e comunicação estão em permanente desenvolvimento.

 

Elementos básicos para o trabalho jornalístico online.

 

                     Hardware: escolha do computador e componentes que serão utilizados. É necessário um equipamento com um bom processador, uma quantidade significativa de memória, disco rígido bom e elementos que possibilitem a melhor utilização dos recursos online;

 

                     Software: dominar bem os programas utilizados para baixar, visualizar e alterar arquivos;

 

                     Formato: conhecer as extensões, tipos e formatos dos arquivos que serão trabalhados;

                     Idiomas: o conhecimento da língua inglesa auxilia no entendimento de muitos aplicativos que só possuem esta linguagem;

 

                     Critério de avaliação: saber determinar se as fontes são confiáveis e a credibilidade das mesmas. Ter possibilidade de checar as informações;

 

                     Critério de classificação: conseguir ter habilidade para organizar os recursos, por exemplo, na pasta de Favoritos,

 

                     Critérios eficientes de busca: deve-se ter uma base para realizar as buscas pela Internet. Saber orientar-se, eliminar dados desnecessários e ser preciso na hora de realizar as buscas ajuda no sucesso da atividade;

 

                     Pen drives e cartões de memória: os pequenos dispositivos com grande capacidade de armazenamento de dados são ferramentas interessantes para fazer back up de todos os documentos sempre que desligar o computador.

 

Tratamento de fotos, vídeos e áudio para a web.

 

A tecnologia digital tem a capacidade de afetar tanto os meios de produção quanto os próprios conteúdos. Além da publicação das notícias nos padrões do jornalismo online, estas podem conter vídeos e áudios.

 

É importante destacar que um bom entendimento e certa habilidade no uso de programas básicos de edição multimídia, levam o profissional a ter mais agilidade na produção das notícias online.

 

Dentre os programas mais utilizados para inserção e alteração de áudio, vídeo e imagens estão: 

 

 

 

Photoshop

 

 

  Fonte: http://www.baixaki.com.br/imagens/2582/102996.jpg

              

Windows Media Player

 

 

Fonte:http://fc01.deviantart.net/fs24/i/2007/323/d/f/WMP_11_Aero_Black_by_fediaFedia.p ng

 

 

 

 

 

 

 

 

 MP3 DirectCut

 

 

Fonte:http://4.bp.blogspot.com/t7hfKiGtYA0/TeGVG1aLCmI/AAAAAAAAAls/gDbeh4njo28/ s1600/Mp3DirectCut+2.11.gif 

 Wave Pad

 

 

                                   Fonte: http://images.six.betanews.com/screenshots/1152232270-1.gif  

 

 

 

 

 

 

BpowerAMP Music Converter

 

 

                                               Fonte: http://dbpoweramp.com/images/dmc/dmc-opt.png  

 Windows Media Enconder

              

 

                                  Fonte: http://www.digital-digest.com/software/images/Windows_Media_Encoder_main.png

 

   

 

 Windows Movie Maker

 

 

                                Fonte: PrtScr Monitor do computador

 

Os portais de notícias e os sites oficiais são atualizados constantemente e abastecidos a todo minuto com uma infinidade de materiais e dados. Diante disso, o acesso a este material torna-se uma tarefa básica de um profissional do jornalismo online.

 

Podemos dizer que a revolução digital gerou grande surpresa no setor da informação devido à maneira rápida e instantânea com que os novos equipamentos se impuseram nas redações, e pela influência que tiveram no processo de produção de notícias.

 

Vantagens em relação à gravação e edição de conteúdos no ambiente virtual

 

                     O processo de produção de notícias sofreu grandes alterações devido à

digitalização;

 

                     Podemos dizer que a partir da incorporação da fotografia digital e dos programas de edição eletrônica houve uma revolução nos processos de produção da imprensa escrita;

                     A melhora no produto final, o aceleramento da paginação e o encerramento mais tardio das edições foram alcançados graças à edição digital;

 

                     A possibilidade de se verificar na hora, a qualidade das imagens e a possibilidade de repetir a fotografia várias vezes até que se chegasse ao resultado pretendido, só foram possíveis devido ao surgimento das câmeras fotográficas digitais;

 

                     O envio de fotografias para a redação, feito a partir do próprio local do acontecimento, acelerou significativamente o processo de produção do jornal;

 

                     Novos softwares para o rádio e a televisão possibilitaram a redução do tempo de produção;

 

                     Muitos dos trabalhos feitos anteriormente só por editores hoje podem ser realizados por jornalistas, através do trabalho com ferramentas de edição de som e vídeo.

 

 Conclusão do Módulo I

Olá, aluno(a)!

 

Você está quase chegando ao fim da primeira etapa do nosso curso de Jornalismo Online, oferecido pelos Cursos 24 horas.

 

Neste módulo abordamos diversos assuntos dentro da área de jornalismo online! Entendemos sobre o conceito da notícia online, o universo da web e de como cada vez mais a internet faz parte de nossas vidas.

 

Para passar para o próximo módulo, você deverá realizar uma avaliação referente a este módulo já estudado. A avaliação encontra-se em sua sala virtual. Fique tranquilo(a) e faça sua avaliação quando se sentir preparado!

Desejamos um bom estudo, boa e sorte e uma boa avaliação!

 

Até logo!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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